Objetivo: Encontrar os melhores parâmetros clínicos para definir e classificar o grau das lesões da placa plantar.
Método: Foram classificados 68 pacientes (100 articulações metatarsofalângicas [MTF]) de acordo com a classificação anatômica artroscópica para lesão de placa plantar e divididos em cinco grupos (0 a IV). Seus registros médicos foram revisados e se correlacionou a incidência de cada parâmetro no respectivo grupo. Os parâmetros foram: uso de saltos altos, esportes, dor aguda, edema local, sinal de Mulder, alargamento do espaço interdigital, dor na cabeça do metatarso correspondente, toque ao solo, “teste da gaveta”, preensão dos dedos e deformidades dos dedos (plano sagital, coronal e transversal).
Resultados: Não houve associação estatisticamente significativa entre o grau de lesão e o uso de sapatos de salto alto, trauma esportivo, dor de cabeça do metatarso, sinal de Mulder, deformidade em pronação, desvio no plano transversal e sagital (embora a sua combinação, o crossover toe, tenha mostrado correlação estatisticamente significativa). A correlação positiva com a severidade das lesões foi encontrada em: dor aguda no início, alargamento progressivo do espaço interdigital, perda de “toque ao solo”; positividade do “teste de gaveta” da MTF; diminuição da força de preensão e deformidade em supinação do dedo.
Conclusões: O “teste de gaveta” se apresenta como a ferramenta mais confiável e precisa para classificar o grau da lesão da placa plantar, seguido pelo “toque ao solo” e as deformidades rotacionais. É possível melhorar a precisão do diagnóstico, bem como a previsão da classificação anatômica de lesão da placa plantar, por meio da combinação de história clínica e de dados de exame físico.
Objective: To find the best clinical parameters for defining and classifying the degree of plantar plate injuries.
Method: Sixty‐eight patients (100 metatarsophalangeal joints) were classified in accordance with the Arthroscopic Anatomical Classification for plantar plate injuries and were divided into five groups (0 to IV). Their medical files were reviewed and the incidence of each parameter for the respective group was correlated. These parameters were: use of high heels, sports, acute pain, local edema, Mulder's sign, widening of the interdigital space, pain in the head of the corresponding metatarsal, touching the ground, “drawer test”, toe grip and toe deformities (in the sagittal, coronal and transversal planes).
Results: There were no statistically significant associations between the degree of injury and use of high‐heel shoes, sports trauma, pain at the head of the metatarsal, Mulder's sign, deformity in pronation or displacement in the transversal and sagittal planes (although their combination, i.e. “cross toe”, showed a statistically significant correlation). Positive correlations with the severity of the injuries were found in relation to initial acute pain, progressive widening of the interdigital space, loss of “touching the ground”, positive results from the “drawer test” on the metatarsophalangeal joint, diminished grip strength and toe deformity in supination.
Conclusions: The “drawer test” was seen to be the more reliable and precise tool for classifying the degree of plantar plate injury, followed by “touching the ground” and rotational deformities. It is possible to improve the precision of the diagnosis and the predictions of the anatomical classification for plantar plate injuries through combining the clinical history and data from the physical examination.